"Eu amo me enterrar na piscina de bolinha!"

        Na terça-feira (05/06/2018), o dia começou com a leitura do livro "Gino, girino", que contava a história de um sapinho que não entendia por que era diferente de todos os outros que moravam no mesmo rio que ele, e depois ele entendeu que não se parecia com os demais porque ainda era muito pequeno e com o passar do tempo seus bracinhos e perninhas cresceriam.
     Após o café da manhã, as crianças foram brincar no parque interno, enquanto observava as brincadeiras percebi que algumas crianças brincavam de família dentro da casinha, onde tinha o pai, a mãe e a filha, depois de um tempo percebi que o personagem do pai ficava doente e caía no chão, nesse momento a criança que fazia a filha saiu da casinha, em direção a outra criança e disse: "Médico, meu pai morreu!", e voltaram correndo para o local da "tragédia", nesse momento disparei a rir, e o detalhe mais engraçado, a criança que fazia o pai ainda estava deitada na mesma posição fingindo estar morto.
        Depois do parque externo as crianças foram para a piscina de bolinha. Não cabem todas de uma vez dentro do brinquedo, as professoras dividem as crianças em grupo e um entra na piscina, enquanto o outro brincava com brinquedos do lado de fora. Resolvi acompanhar a brincadeira na piscina, como não posso entrar, fiquei sentada na porta do brinquedo. Enquanto jogava as bolinhas para cima imitando uma chuva, as crianças caiam na gargalhada, até que uma das crianças deitou no chão, e eu disse: "Pessoal, vamos enterrar a Cindy!", nessa hora foi uma felicidade total e todas as crianças também quiseram ser enterradas, quando saíram da piscina, Cindy me disse: "Professora, eu amo ser enterrada em piscina de bolinhas, é muito legal!"
     No retorno para a sala as professoras realizaram uma atividade com tesoura, para ensinar as crianças a cortarem e treinar a coordenação motora. Durante a atividade observei duas crianças que apresentavam maior dificuldade, expliquei como elas deveriam posicionar os dedos e realizar os cortes, aos poucos elas foram ajustando a mão até realizarem o corte sozinhas, todas as crianças se saíram muito bem, conseguiram recortar do seu jeito o papel.
       Após o almoço, as crianças foram andar de motocas, também não tem um número disponível para todas, juntei o grupo que estava sem e perguntei quem queria pular amarelinha aproveitando uma velha pintura no chão em frente ao portão, apenas três crianças sabiam, ficamos brincando por alguns minutos e até esquecemos do frio, aos poucos outras crianças se aproximaram para brincar, mas ainda tinham medo de pular num pé só. As crianças ficaram nesse espaço até o momento da saída.

Comentários

  1. Que delícia de faz de conta!
    Que delícia de piscina!
    Uma morte e alguns enterros(!) na piscina de bolinha.
    Parece que isso tudo é ilustração de livro de psicologia - KKKK!
    A elaboração do real no brincar, a fantasia/o faz de conta à serviço da vontade de compreender o mundo, de elaborar vivencias muitas vezes pouco compreensíveis e, às vezes, até sofridas.
    Muito bom!

    E muito boa sua providência de propor outra brincadeira para quem fica sem motoca - o jogo de amarelinha.

    Tão bom quanto aprender a pedalar é poder pular com um pé só, se equilibrar, brincar de saci... "viver da pé, da pé viver... pé de saci, pererê, pererê, pererê, pererê..."

    Deixei um desafio para você, nos comentários que fiz sobre os registros de Nanci.

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